Marco Gottinari, Marta Gottinari, Sara GottinariAcordar
Marco Gottinari
Quando embarco nos meus sonhos
A lugares impossíveis.
Atravesso oceanos
Crio asas vôo longe
Se o amor é imprevisível
Se a distância está marcada
Mudo o curso da jornada
Sigo rios e caminhos
Pinto estrelas no espaço
Embalo sonhos de menino
Pulo em cauda de cometa
Pouso em nuvem passageira
Abro livro do destino
Se a distância está exata
Se a distância está exata
Mudo curso da jornada
Num vôo de passarinho
Vêm que eu preciso acordar agora
Pra ficar contigo,
Vêm que eu preciso acordar

Se não fosse o bastante essa beleza toda... as picinas, turbilhões, duchas de agua mineral... trilhas, portais... Ainda há o previlégio de ser recebidos por uma musa e seu poeta... e das mãos deles ser alimentados...
Como Chegar lá??
È simples.. Colônia Maciel... é só seguir as placas... está bem sinalizado...

Para quem quizer ir de ônibus...
Local de saída do ônibus: Deodoro com Neto.
Empresa São Jorge. Colônia Maciel
Horários de ônibus Pelotas para Colônia São Manoel
Segunda à Sexta Sábados Domingos e Feriados
7:15 9: 50 9:00
9:50 12:15 12:00
12:15 15:30 18:30
15:30 18:30 19:30
16:45
18:30
Retorno para a cidade:
7:45
11:45
13:50
17:05
Serviços
- Cachoeiras
- Trilhas opcionais
- Piscina de pedra com água natural
*não trabalham com camping
Diária – R$ 5,00 com suco.
Almoço – R$ 10,00 por agendamento
Café – R$ 10,00 por agendamento
Visitação – R$ 3,00 com suco
*O Suco de amoras plantadas e colhidas por eles, é mais uma das grandes surpresas que os Gottinarri nos reservão...
*Telefone p/agendamento (53)3224 60 14
*Email : saarah.gottinari@bol.com.br

Com uma mistura de tecnologia obtida das culturas indígenas e africanas o português criou a industrialização de um produto que encontrou mercado no pais inteiro e logo em outros paises, chegando a ser a 5ª economia do Brasil. Como esse processo de industrialização dependia não só da mão de obra, mas principalmente do conhecimento dos africanos, esses firam trazidos em massa, nas piores condições possíveis. Chegaram a representar 60% da população o que deixa bastante clara a sua importância na construção desta economia. A estação de matança ocorria nos meses que havia sol para secagem ou seja de novembro à maio, no restante do ano o contingente africano era transferido para as olarias. Um séc. inteiro produzindo charque, dormindo em senzalas úmidas, agüentando o frio, as doenças, e o "mal do sal" rachando seus pés.
Um séc. amassando barro, fazendo telhas, falquejando madeira, entalhando pedras, dando forma a uma arquitetura opulenta que nascia da riqueza do charque. Construindo o cenário perfeito para uma historias de barões, generais, guerras, saraus, teatro, musica, requinte e sotaque francês. Enquanto os salões adquiriam fama nacional, nas cozinhas estavam habeis criaturas cuja cultura milenar ritualizava o preparo de iguarias, que tornaram memoráveis as mesas deste lugar.
Todo o luxo e refinamento que o dinheiro do charque, a habilidade dos africanos, e a terra dos índios lhes permitiu. Uma grande historia, um grande momento, os navios saiam carregados de charque todos os dias abastecendo armazéns pelo mundo a fora, o charque era a gasolina do mundo escravista, já que o trabalho escravo era a força motriz do séc. XIX, esta carne era a única proteína que mantinha forte o plantel africano, que na condição de escravos, construía o "novo mundo" e dava manutenção ao "velho".
Muitos de passagem deixaram seus relatos, escritos, imagens desenhadas, entre eles o desenhista francês Jean Batist Debret que imortalizou os dois tipos de abates, ficando clara a superioridade tecnológica do núcleo charqueador pelotense. 
Gravura Danubio Gonçalves
Gravura Caribé


O milagre ecomomico parecia tão solido que não havia com que se preocupar.
sem fundo de garantia... sem ter para onde ir...
Boa parte das charqueadas foram demolidas, como se delas partisse uma maldição que gerou a queda...
Quais são as harmonias possíveis para uma historia tão sangrenta? Da habilidade em responder essa pergunta, depende nosso futuro. Referencia cultural ou convulsão social? 